Não sou pra todos.
Gosto muito do meu mundinho, e ele é cheio de surpresas, palavras soltas e cores misturadas.
Às vezes, tem um céu azul, outras vezes tem tempestade.
Lá dentro cabem sonhos de todos os tamanhos.
Mas não cabe muita gente.
Todas as pessoas que estão dentro dele não estão por acaso. São pra mim necessárias!

sábado, 22 de maio de 2010

Um dia, a Verdade andava visitando os homens sem roupas e sem adornos, tão nuas como o seu nome.

E todos que a viam viravam-lhe as costas de vergonha ou de medo e ninguém lhe dava as boas vindas.
Assim, a Verdade percorria os confins da Terra, rejeitada e desprezada.
Uma tarde, muito desconsolada e triste, encontrou a Parábola, que passeava alegremente, num traje belo e muito colorido.

- Verdade, por que estás tão abatida? – perguntou a Parábola.
- Porque devo ser muito feia já que me evitam tanto!
- Que disparate! – riu a Parábola – não é por isso que os homens te evitam.

Toma, veste algumas das minhas roupas e vê o que acontece.
Então a Verdade pôs algumas das lindas vestes da Parábola e, de repente, por toda à parte onde passa era bem-vinda.
- Pois os homens não gostam de encarar a Verdade nua; eles a preferem disfarçada.

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